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Frente Parlamentarlobo 888 é confiável - Contra Violência Política de Gênero

A Assembleia Legislativa do Rio Grande do Sul conta agora com a Frente Parlamentar contra a Violência Política de Gênero,ênciaPolíticadeGêlobo 888 é confiável - por iniciativa da deputada Bruna Rodrigues (PCdoB). Os trabalhos da frente serão voltados a estabelecer mecanismos de garantia do direito de liberdade de expressão e participação política para mulheres candidatas a cargos eletivos ou parlamentares. A instalação ocorreu na quarta-feira (6).

Desde agosto de 2021, quando foi sancionada a Lei nº 14.192, a violência política de gênero passou a ser crime no Brasil. A desqualificação da mulher na política pela indução à crença de que a mulher não possui competência para a função a que ela está exercendo, ou o questionamento da mulher, seja ela candidata ou com mandato político, sobre a sua vida privada (relacionamentos, sexualidade, maternidade) são exemplos deste tipo de violência.

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Para Bruna Rodrigues, a violência política de gênero não nasce com a legislação, ela é um dos fenômenos mais violentos da vida que acompanham as mulheres. “Eu não conheço nenhuma mulher que tenha se encontrado com a luta e que em algum momento da vida não tenha vivido alguma situação de violência política de gênero. E quando a gente fala e intersecciona gênero e raça, essa seara fica ainda mais violenta”, avaliou.

A deputada ainda reforçou que a violência política de gênero é um projeto político, que impede que mulheres como ela possam ocupar espaços de poder na política de forma plena. “Eu ouvi dentro do plenário da Câmara de Vereadores que eu só podia ter tesão por um vereador, por defender de forma firme a retirada dos direitos dos trabalhadores e trabalhadoras do sistema de transporte. Eu só podia ter tesão por ele. Não contente, um dia depois de ser indiciado ele entra com o processo de agressão contra mim. E eu fui condenada pelo Judiciário gaúcho”, relembrou Bruna sobre a agressão que sofreu por parte do Alexandre Bobadra, ex-vereador de Porto Alegre pelo PL.

Já a advogada Márcia Soares, diretora executiva da Themis – Gênero, Justiça e Direitos Humanos, relembrou a violência política de gênero sofrida por Dilma Rousseff, em 2015, na época em que era presidente do Brasil. Alguns brasileiros circulavam em carros com adesivos colados na entrada do tanque de gasolina, onde a presidente aparece de pernas abertas, com a entrada do tanque de gasolina ficando entre suas pernas.

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“Para mim, isso é muito simbólico, porque a violência política vem sempre associada, de alguma forma, à violência sexual e à violência racial. E tentando trazer essa intersecção, quero dizer para vocês também que todos nós acompanhamos a deputada Maria do Rosário, quando foi agredida, também do ponto de vista da sua condição de gênero e sexual, assim como com a deputada Manuela D'Ávila”, comentou.

Márcia enfatizou que a violência política de gênero acontece dentro dos partidos e não apenas nos parlamentos. “Nós temos um caso presente, um caso muito sério da companheira Ariane Leitão que nós, enquanto Themis, não vamos deixar que se encerre. Este caso para nós nunca, ele não vai se encerrar. Nós, enquanto organização, estamos aqui para dizer a todas as companheiras e companheiros dos partidos que a Themis toma para si essa tarefa de não deixar que esse caso se encerre”, comentou.

Representando o Tribunal de Justiça do Estado do Rio Grande do Sul (TJ-RS), a juíza Thais Coulau de Barros reforçou que a sub-representatividade das mulheres, em especial das mulheres negras, representa uma falta de democracia. “Onde não temos representatividade, não temos democracia. É importante que se fale nisso, é importante que se instale essa frente parlamentar, porque dando visibilidade ao tema, trazendo o tema à discussão, é que se combate essas violências”, enfatizou.

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Por outro lado, a deputada estadual Laura Sito (PT) destacou o poder simbólico da instalação da frente parlamentar. “Esta casa em quase 200 anos pela primeira vez tem mulheres negras parlamentares nesta casa. Pela primeira vez são eleitas mulheres negras deputadas nesse estado. E nós sentimos diariamente na pele a intersecção do que o patriarcado e o racismo são capazes de nos negar o pertencimento à ocupação dos espaços de poder”, destacou.

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